20090726

Dominique Gonzalez-Foerster : Extrait de www.dimension5.info




“Uma palavra que não uso é ‘identidade’, pois ela me remete a uma clausura. É antes a possibilidade de um repaysement (reterritorialização) de que dedépaysement (desterramento) que o trabalho comunica. A escolha das cidades se faz por intuição. Não tenho a impressão de vir de algum lugar em particular. Me ocorre, certas noites, antes de adormecer, de pensar nas pessoas e isso se estende até o planeta Marte. Gostaria de viver o suficiente até ultrapassar a idéia do limite de um corpo, do corpo-limite, pois para mim os deslocamentos são constituintes, poder fazer deslocamentos contínuos no espaço e no tempo como o esquizofrênico que se sente outro. Nossa constituição se faz antes pelo dentro ou pelo fora? Não é o que está em volta que constitui um dentro mas o inverso também. A percepção deve ser explorada para não estreitar-se na noção de corpo. O que importa é o que pode acontecer (potência de acontecimento) e não o que estava programado. Para isso, já precisamos partir de uma renúncia.”



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